História do COF

História do COF

 

O Centro de Orientação Familiar nasceu de uma ideia do Padre Roland Jaubert, incomodado com o crescente número de desquites (termo utilizado para os divórcios) que na época eram cerca de 50 anuais, com total apoio do Bispo Antonio Maria Alves Siqueira, reuniu um grupo de casais de vários movimentos, pastorais, e profissões (médicos, advogados, assistentes sociais, etc). com objetivo de formar casais orientadores,  e assim nasceu o  COF em março de 1968, visando fortalecer os laços familiares e conjugais, na tentativa de reverter esse quadro.

Em uma parceria com o judiciário, através da Vara de família, os casais em conflito conjugal eram encaminhados ao Cof, passando por uma entrevista com o padre e posteriormente com o assistente social. Era selecionado um casal da equipe, com o mesmo perfil, idade, tempo de casamento, número de filhos, que acompanhavam esse casal durante um ano com reuniões mensais, no final deste acompanhamento era enviado um relatório para a Vara da Família, e muitos casos foram revertidos, dando assim, continuidade ao casamento.

Desde seu início, o Cof se destacou em seu trabalho em prol as famílias, realizando cursos e encontros para noivos, aprofundamentos para casais, atendimento e visitas para casais com problemas conjugais, etc.

Apesar de seu funcionamento desde 1968, em abril de 1971 foi realizada a assembléia de fundação do Centro de Orientação Familiar, pois fazia necessária sua regularização jurídica. Nesta assembleia foi submetida a apreciação e aprovação do primeiro estatuto do COF, sendo escolhido o primeiro casal presidente da Diretoria Executiva:  Carlos Augusto Lisboa e Elaine Pinto Lisboa e do Conselho Deliberativo, o casal: Renato Antunes Pinheiro e Maria Terezinha de Almeida Pinheiro, eleitos por um biênio, sendo assim oficializado o nascimento do Centro de Orientação Familiar.

Nosso fundador Padre Roland Jaubert ficou à frente do COF até 13/12/1979, vindo a falecer em 13/04/80. Seu substituto foi o padre Eugênio Inverardi, e logo após o Padre Gabriel Lomba Santiago, que tiveram uma rápida passagem pela entidade. Em 1983 assumiu a orientação espiritual o Pe. Gerard Bergerron e com sua saída assumiu seu auxiliar Pe. Mansur, Rodrigues Mansur.

Um capítulo importante e curioso desta história, se refere ao Padre Mansur: antes de se ordenar Padre sua história já estava ligada ao COF, pois desde 1982 ele atuava como assistente social na entidade. Como dirigente espiritual atuou desde abril de 1987 até 26 de dezembro de 2002, quando veio a falecer.

O trabalho social realizado em nosso escritório no centro,  ocorre até os dias de hoje, através do Projeto Orientação e Apoio Sociofamiliar, devidamente registrado junto ao CMDCA de Campinas (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente)  onde realizamos atendimento psicossocial junto à comunidade de pessoas socialmente vulneráveis, prezando pelo bem estar e qualidade de vida das pessoas e  famílias atendidas.

Atualmente atendemos cerca de 30 famílias, que chegam através de procura espontânea, encaminhadas pelo Conselho Tutelar, usuários do Restaurante Bom Prato, escolas e pela rede socioassistencial.  Esse serviço não conta com nenhuma parceria financeira e é bancado com recursos próprios da OSC.

Essa equipe que inicialmente atuou na orientação de casais, também iniciou em Campinas o encontro de noivos, que quando solicitada pelas paróquias, realizava palestras e atividades com os noivos com o objetivo  de iniciarem o matrimônio fortalecidos e amadurecidos nos desafios que iram enfrentar.

Quanto ao Encontro de Casais com Cristo, movimento importante da nossa entendida, teve  início em 1970, na cidade de São Paulo, na paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompeia. Seu fundador foi o Pe. Alfonso Pastore, e em 1974 teve início em Campinas, realizado pelo Cof, no Colégio Imaculada Conceição. Na época eram 5 ECC´s por ano pelo Cof, em média com 70 casais e a procura era muito grande.

Em 1978 no encontro regional dos ECC´s, o Cof foi informado que os encontros teriam que ser interparoquiais, a diretoria na época, foi até o Bispo D. Gilberto, informando que o Cof queria continuar com o ECC, mas precisava de uma posição, D. Gilberto respondeu “Eu não criei, eu não mato”, e assim foi feita uma assembléia no Cof, informando que os casais cofianos que desejassem dar continuidade no ECC em sua comunidade, que se manifestasse por escrito, que sua ficha seria encaminhada. Desde então o Cof continua realizando com muito amor esse trabalho para nossa igreja.

Continuando este sonho de querer construir uma sociedade mais justa e cristã, com base na família a partir de um sonho do Padre Mansur, na época dirigente espiritual do Cof, em conjunto com alguns casais e jovens, em setembro de 2000 foi realizada uma reunião, para criação do Encontro de Jovens do Cof, e assim, com apoio de toda comunidade cofiana, em outubro de 2001, no colégio Notre Dame nasceu o Joca.

Desde 2006 desenvolvemos em nossa sede, o Serviço de Proteção Social Básica – Centros de Convivência

Inclusivos e Intergeracionais em parceria com a Prefeitura Municipal de Campinas, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, parceria que se mantém desde sua fundação.

A atuação social do COF, tem sido investir constantemente no bem-estar do idoso e de sua família propiciando ações que possibilitam desenvolver vínculos sociais através de ações em grupos de convívio geracional e intergeracional, no foco ao combate de toda forma de violência e opressão.

Trabalhamos com temas transversais a partir de interesses e necessidades comuns, tendo em vista a construção solidária e fortalecimento de projetos pessoais e sociais, a prevenção, proteção, integração e promoção dos idosos e suas famílias, construção de redes de serviços e sua efetivação que permite avançar na conquista da cidadania, além de fortalecer vínculos familiares e comunitários.

 Dentro do Programa de Centro de Convivência, temos 225 pessoas cadastradas no CADúnico do município, cujo público alvo são pessoas acima de 60 anos de idade.

Oferecemos atividades como ginástica, dança, musicoterapia, arte-terapia, informática, orientação nutricional, oficinas de culinária e servimos diariamente café da manhã, que além de promover a interação entre os usuários, também promove segurança alimentar, pois muitos chegam em jejum para realizarem as atividades oferecidas.

Desde abril do ano de 2012, assumimos a gestão do Projeto Bom Prato Campinas e nesse período, revitalizamos e recuperamos a infraestrutura e equipamentos da unidade, procurando sempre a melhoria dos serviços, e qualidade da alimentação, com atendimento humanizado, mas com rapidez, sem deixar de levar em consideração o bom acolhimento, respeito e educação.

Atualmente servimos 2.100 refeições diárias (1.890 adultos e 210 crianças) e 300 cafés da manhã.

Buscamos sempre o aprimoramento de nosso atendimento através de diferenciais, tais como: incentivo à cultura através da distribuição gratuita de livros e revistas, festas culturais de outros países, incentivo à saúde, através da realização de exames gratuitos (ex. |Hepatite C) com encaminhamento para tratamento gratuito, dentre outros.

Através da nossa experiência profissional na área da Assistência Social desde 1968, temos acesso e facilidade de encaminhamentos para os serviços da rede socioassistencial aos usuários em vulnerabilidade social que nos procuram para tal atendimento.

Assim, ao longo  destes anos a entidade se destaca pelo pioneirismo, na assistência à família nos aspectos religiosos, sociais, promovendo encontros, acolhendo pessoas com necessidades diversas e se engajando em trabalhos sociais  que buscam por diversos caminhos a promoção dos valores cristãos que lhe deram origem.

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